quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Quinta Coluna

Emilio Mola
A um bom tempo quero escrever sobre algumas expressões que usamos no cotidiano que tiveram origens militares. Uma delas é a chamada "quinta-coluna".

A criação do termo é creditada a um General Nacionalista da Guerra Civi Espanhola, chamado Emilio Mola. Reza a história que, durante uma investida contra Madri, Emilio contava com quatro colunas, e ele propagandeou também uma quinta-coluna, formada por militantes nacionalistas que estavam escondidos em Madri, lhe dando suporte.

Assim, o termo quinta-coluna passou a ser empregado com o significado de grupo clandestino, subversivo, que visa minar as intenções de um grupo maior, estando relacionados a ações de sabotagem e táticas de desinformação.

 Mesmo pouco após a sua criação, o temos foi logo usado, começando nos Estados Unidos, no final dos anos 30. Com as nuvens de guerra escurecendo, a necessidade do envolvimento dos Estados Unidos no conflito começou a ficar mais nítida, e o termo foi empregado para apontar possíveis elementos fiéis ao Eixo.

A rápida queda da França também é atribuida por alguns, mais a uma quinta-coluna do que a superioridade germânica daquele momento.

Piada típica:
P: Como dizer "oi" em Francês?
R: Eu me rendo!

Na edição da revista Life, de 17 de Junho de 1940, uma reportagem aponta a existência de quintas-colunas em vários lugares: "There are signs of Nazi fifth column everywhere". Vários países são apontados, incluindo o Brasil, merecendo uma foto do serviço aéreo da Lufthansa que operava no Rio de Janeiro, com o seguinte comentário:

Airline Office of German-owned Condor-Lufthansa company on main street of Rio de Janeiro. Its pilots recently became naturalized Brazilians to keep their jobs. Brazil`s million Germans have 15 Nazi newspapers, four radio stations. An abortive putsch in 1938 was organized by H. H. von Cossel, who then left Brazil, was sent back as "cultural atachè".

Fonte: Revista Life, 17 de junho de 1940, via Google Books.

Veja a reportagem completa aqui.





Dentre vários outros usos, o termo também dá título a um livro de Ernest Hemingway, que também foi adaptado a uma peça.

Saiba mais:












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